Primeira foto:Carnaval da Vitória de Antonio Ole' 1978 (Luanda, Angola).
Segunda foto:Mãe Menininha (centro) e suas sacerdotisas do candomblé Ilé Axé no Yá Masse templo, Salvador, Bahia, 1940-41. Lorenzo Dow Turner Papers, Anacostia Community Museum Archives, Smithsonian Institution.
Em 1975, o invasor foi expulso juntamente com a sua bandeira.
Os motivos do divertimento e alegria nos rostos e nas palmas das mãos das senhoras, (ver imagem), devem-se as celebrações decorrentes aos preparativos do Carnaval da Vitória em 1978. O primeiro Carnaval da cidade de Luanda, capital de Angola, após a independência total do regime racista, fascista e desumano colonial português.
As senhoras, de maioria falantes da língua Kimbundo e de descendência Axiluanda ou Aluandas, distinguidas honradamente de Bessanganas, senhoras de respeito, do português a sua bênção n’gana (minha senhora), encantam as ilhas há centenas de anos, com os seus tambores de couro e de lata, cultuando uma divindade ancestral do mar...A Kianda.
Mas a curiosidade se destaca nos panos e trajes que se vestem.
Os trajes, em certos sectores do Candomblé Ketu e Jeje são tão semelhantes aos das senhoras das ilhas de Luanda...A maneira de amarrar os panos e o uso das missangas por dentro.
E’ necessário realçar que essas mesmas senhoras, de uma certa forma, desconhecem o Candomblé do Brasil.
Fala-se tanto de purezas por esse mundo afora, mas será esta a origem e o fundamento?
(A. Kandimba)
Candomblé Ketu (pronuncia-se queto) é a maior e a mais popular "nação" do Candomblé, uma das Religiões afro-brasileiras.
No início do século XIX, as etnias africanas eram separadas por confrarias da Igreja Católica na região de Salvador, Bahia. Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs estavam os Yoruba (Iorubá). Suas crenças e rituais são parecidos com os de outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em quase todos os detalhes.
Teve inicio em Salvador, Bahia, de acordo com as lendas contadas pelos mais velhos, algumas princesas vindas de Oyó e Ketu na condição de escravas, fundaram um terreiro num engenho de cana.
(Silveira, Renato da. Candomblé da Barroquinha. Editora Maianga, 2007.)
Candomblé Jeje, é o candomblé que cultua os Voduns do Reino de Dahomey levados para o Brasil pelos africanos escravizados em várias regiões da África Ocidental e África Central. Essas divindades são da rica, complexa e elevada Mitologia Fon. Os vários grupos étnicos - como fon, ewe, fanti, ashanti, mina - ao chegarem no Brasil, eram chamados djedje (do yoruba ajeji, 'estrangeiro, estranho'), designação que os yoruba, no Daomé atribuíam aos povos vizinhos, introduziram o seu culto em Salvador, Cachoeira e São Felix, na Bahia, em São Luís, no Maranhão, e, posteriormente, em vários outros estados do Brasil.
(CACCIATORE, Olga Gudolle. Dicionário de cultos afro-brasileiros.)
muito bom!
ReplyDeleteOlá!
ReplyDeleteVim aqui pra agradecer a visita no meu blog, o expatriada desesperada, e pra comentar o post sobre albinismo. Quando pesquiso um assunto, tento pesquisar tudo, sabe? Assim como vi que vc faz por aqui. Seria errado deixar de lado o misticismo que cerca os albinos África afora. Mas não pense que eu me esqueço de que barbaridades muito maiores aconteceram pelo mundo: a Santa Inquisição, as lutas no Coliseu, etc etc.
Acontece que no meu blog falo de Angola, e os assuntos são abordados sobre o que acontece por aqui. Sempre que viajo, tento contar um pouco das histórias dos lugares pra onde vou. E não poupo nada, nem ninguém... ehhehehe. Só não falo mesmo é do Brasil, só porque tento manter meu blog positivo, e do Brasil há muito o que criticar... hehehe.
Mas, olha, as críticas são sempre bem vindas, ya? Fique bem!!!
Tudo na paz, Thais!
Delete"regime racista, fascista e desumano colonial português".
ReplyDeleteEm que regime "real", vive o SENHOR?
Rio Tinto,
ReplyDeleteCreio que deve ser um daqueles retornados frustados.
Qual o seu problema? Nao gostou ou nao concorda?
O colonialismo foi sutil para voce? Tudo bem, mas se nao concorda entao deve claramente se expressar enquanto tem a chance de o fazer.
Agora, da maneira mais civica porque esta' na minha casa e se me falta o respeito sera' tratado como um cachorrinho sem dono.
Grato