Wednesday 31 August 2011

Ngoma meu filho que eu quero ver...


Olha vamos na dança do Caxambu...Saravá, jongo, saravá...Engoma, meu filho que eu quero ver...Você rodar até o amanhecer...O tambor  tá batendo é pra valer...É na palma da mão que eu quero ver...Dona Celestina me da água pra beber...Se você não me der água vou falar mal de você.

Deu meia noite, o galo já cantou...Na igreja bate o sino é na dança do jongo que eu vou...Carreiro novo que não sabe carrear...O carro tomba e o boi fica no lugar...Quem nunca viu vem ver caldeirão sem fundo ferver.(Almir Guineto)


O  MBalundu foi o maior e o mais poderoso dos reinos tradicionais do povo Ovimbundu, Bantus de Angola.
Hoje conhecido simplesmente por Bailundu, é um município da província do Huambo, localizado em pleno planalto central do país.

Por mera distância destaca-se a província de Benguela, antigo porto e fonte do tráfico de cerca de meio milhão de Ovimbundus para o Rio de Janeiro.

Conta o meu pai que na década dos anos 40, nos momentos de diversão, os tambores eram soados pelos melhores tocadores das aldeias.

O tocador mais destacável era identificado e idolatrado pelo povo como o sangoma=o indivíduo, o tocador mais ágil do Ngoma.

Engoma ou Ngoma significa “tambor”,  é o tambor típico encontrado em toda a África bantu desde a milhares de Anos.

Popular em várias nações como Camaronês, Gabão, Congo-Brazaville, Congo-Kinshasa, Quênia, Tanzânia, Ruanda, Burundi, Angola, Zambia, Zimbabwe, Moçambique, Madagascar, Namibia e África do Sul.

Tocado normalmente ao som das palmas das mãos e até o sol raiar, cada tambor/ngoma possui funções e definições apropriadas.

Curiosamente, o povo Ambundu ou Kimbundu (povo da gloriosa rainha Jinga), vindos de Luanda e antigos parentes do reino do Kongo, fazem uso de um tambor /ngoma chamado de Umbanda.

Esse mesmo tambor (Umbanda) e’ tocado por um indivíduo identificado como Kimbanda.

O ngoma nao é apenas um tambor. O ngoma faz-se, pratica-se...Vamos fazer o ngoma, vamos dançar, vamos cantar,  vamos tocar, vamos jogar, vamos rezar, vamos louvar...

O ngoma é uma maneira de viver, é medicina, spiritualidade, ritual sagrado, nascimento, ritos de passagem, é namoro, é cura, é comunicação, iniciação, colheita, comemoração, guerra e morte.

Tudo manifestado em forma de dança e canto tradicional.

O autor (Almir Guineto) na sua intuição...Afroinspiração, projeta a vivência social e cultural do seu povo da forma mais resplandecente, provando de maneira incontestável uma ligação ancestral luzente através da sua música.

Que gênio!





Bi Kidude Fatuma binti Baraka


E’ uma artista da Tanzania com cerca de 100 anos de idade. A mesma afirma que tem 113 anos. Parteira e curandeira, ela é considerada a rainha da música Taarab (swahili) e iniciadora do rito Ngomba Unyago, uma cerimônia de percussão e dança que pode durar dias e que os homens não são admitidos.

 As meninas adolescentes são iniciadas nos mistérios da feminilidade. Elas são ensinadas graficamente como dar prazer aos seus maridos e também como lidar com situações desagradáveis que a vida de casada pode trazer.
 
Bi Kidude Fatuma binti Baraka




N
ão confundir:A definicão do rito Unyago postado embaixo não e' de minha autoria, A. Kandimba. 
E' de A. Katawala


Sobre ritos de iniciação feminina à maturidade em Moçambique 
A. Katawala 

O Unyago é um rito de passagem de criança a adulto e, como tal, o centro do ritual está nas cerimónias de separação da criança da sua mãe e da família para um período de formação, para voltar a ser reintegrado na comunidade como um homem novo, um adulto.

Para melhor percebermos o Unyago temos de perceber primeiro a relação entre a mãe e a criança que na cultura Yao é muito forte. É a mãe quem cuida integralmente do infante, é a mãe quem lava, veste, alimenta e cuida da saúde da criança e da família em geral.

Quando a criança atinge a puberdade, dá-se a separação. A idade dos candidatos ao Unyago oscila entre os 9 e 14 anos, podendo ser realizada numa idade mais avançada, conforme os usos e costumes de cada região.

Para as moças,
acontece geralmente no momento da primeira menstruação, pois estando no seu período fértil, estão aptas a preparar-se para uma vasta gama de preceitos que a incentivam a dedicar a sua disponibilidade ao casamento, às tarefas domésticas, à família e ao futuro marido; para os rapazes, depende dos pais a escolha da data e alguns esperam até que o filho apresente os primeiros pêlos púbicos." 

Tuesday 30 August 2011

O herói Afro Holandês e o descontentamento da comunidade

“Tudo teve início quando uma mulher branca foi selecionada para construir a escultura de um Heroi negro...A maior referência da resistência anti-racista e anti-colonialista da lingua Holandesa.”







Para o povo de Suriname, antiga colonia Holandesa, Anton de Kom foi um herói que lutou pelos direitos humanos e sindicais. Lutou pela a auto-estima do seu povo e contra os traumas que sofreu como filho de um ex-escravo.

Tendo partido para a Holanda na década de 1920 em busca de um emprego, ele entrou em contato com vários movimentos anti-coloniais e comunistas.
Estes mesmos movimentos teriam reenforçado a sua consciência política.

Sei que foi preso em Suriname dez anos depois pelas suas atividades como conselheiro de trabalhadores contratados, sendo em seguida deportado para a Holanda.

Depois de vários anos de prisão publicou o livro  Nós os escravos do Suriname”, uma denuncia recta sobre o regime colonial e as circunstâncias degradantes que os escravos teriam vivido.

Na aquela época, o livro foi um escândalo!
Não se podia falar abertamente do sofrimento físico e moral, nem da  aflição e mágoas do povo negro.

Um homen livre durante a segunda guerra mundial, Anton de Kom ativamente juntou-se à resistência.
Ele morreu doente em 1945 num campo de concentração em Sandbostel, Holanda.

Eu lembro-me como se fosse hoje!
A estátua do herói negro foi revelada em meados de 2006, durante uma confrontação turbulenta no Sudeste da cidade de Amsterdão.

Nem eu e nem o resto da comunidade negra apreciou a ideia geniosa da artista Holandesa Jikke van Loons.

Logo após a revelação, a estátua foi cobrida com a bandeira do Suriname e o povo gritou: Nós não queremos um homem nu. Não somos mais escravos!

O descontentamento, a insatisfação e irritação da comunidade não seria apenas em relação a cor da pele da artista, mas pelo fato que a mesma tomou a decisão de esculpir a estátua do herói negro completamente nu. Nu!!!
Também pela postura e o argumento que a artista defende até hoje, insistindo que a imagem "mostra uma melhor representação do caráter militante do Antom de Kom" .

Dia 1 de Julho e’ o dia da abolição da escravidão em Suriname e Holanda.

Este ano espera-se uma maior manifestação e melhor comunicação entre os líderes da comunidade e a prefeitura da cidade de Amsterdão.

Xé menino, não fala dos Bantu!

"Nina Rodrigues percebeu pela primeira vez a predominância sudanesa na Bahia, no que foi confirmado por Artur Ramos.

Quanto aos bantos de Angola, tinham uma agricultura mais primitiva, praticada pelas mulheres, enquanto os homens criavam gado. Diferentemente dos iorubas e outros sudaneses, que usavam tecidos de pano, os negros das margens do Zambeze e das elevações de Benguela vestiam-se de cascas de árvores (como o fariam no quilombo de Palmares); mais para o sudoeste, porém, usavam vestimentas de couro, possuindo hábitos de caçadores e armas de ferro."

(Juarez Tadeu de Paula, sacerdote da tradição Iorubá. Ogam e jornalista, formado na PUC. Mestrado na Universidade de São Paulo.)


O autor (negro) no estado de ignorância eufórica e nagocrata, optou por citar falsas ideologias racistas do antropólogo Bahiano Raimundo Nina Rodrigues, rebaixando a cultura da maioria dos negros Brasileiros, Bantu, como semi-primitiva.


Durante uma pequena troca de palavras com um amigo nigeriano sobre os textos que escrevi e postei anterioremente relacionados ao tema Yoruba- nagô e Bantu, as suas palavras penetraram a minha mente.

Depois de lhe ter dito que existe uma doutrina entre os negros da diáspora africana, em que se exalta a cultura Sudanesa denominada de Yoruba –nagô como superior e dominante a cultura Bantu, o mesmo quase que morreu de rir, acrescentando que “este assunto talvez seja muito complicado para eles reconhecerem e debaterem, simplesmente porque ainda estão em princípios de reconciliação para com as suas raizes africanas.”

Bem, concordo de uma certa maneira mas também creio que seja o momento certo para se enfrentar o problema.  Do modo que tenha como abjectivo reconhecer a cultura Bantu, principalmente no Brasil como a cultura de maior influências.

Fala-se mais sobre o Brasil pela simples razão de ser a nação onde se encontra indivíduos que mais exaltam e defendem esse mito.


Estou consciente que o mito pervertido, sem moral e de mau caráter tem raizes no racismo colonial.

“Guiné man good, Congo man bad!” República do Haiti.

Tradução: O homen da Guiné é bom, o homen do Congo é mau.

Guiné man sendo um descendente da África Ocidental, os nagos do novo mundo...Nigeria, Benin, Senegal e mais.
 Congo man sendo o povo Bantu de Angola, Congo e Moçambique.

A frase é raramente usada entre a maioria dos negros Haitianos, mas escuta-se entre a elite intelectual negra.

Em Cuba, entre as religiões de matriz Africana (Santería, Palo Monte, e Abakuá), existem tentativas de exaltar certos aspectos spirituais e faze-los de superiores, mas nunca se tornou um prato predileto de entidades intelectuais como aconteceu entre os AfroBrasileiros.

Foi me chamada a atenção que a maioria dos AfroBrasileiros não seguem tal doutrina.

“Nem se ligam nisto.  Deve ser um grupinho de intelectuais de universidade.

 ...esta gente parece aqueles escravos que puxavam o saco do sinhô.

 ...na verdade, esta ignorancia dos negros brasileiros sobre suas próprias origens reais é dramática, constrangedora até. Hoje em dia repetida de maneira recorrente e acrítica por uma nova geração de estudantes universitários, do mesmo modo envolvida nesta rede de enganos acadêmicos, a história real foi substituida, grosseiarmente por uma versão totalmente 'fake' do que fomos e somos. Lastimável.

Spirito Santo




A foto representa a humiliação de um povo orgulhoso e a alimentação do racismo colonial.

Para o branco racista, quem mais se parecia com ele era considerado o mais inteligente, o mais agradável e simpático. Sarcasticamente, pode-se dizer que tratava todos africanos como cachorros mas certos grupos eram mais acariciados.
Isso fez com que vários africanos e seus descendentes criassem uma tradição de desvalorização as suas proprias culturas.

Para finalizar foi introduzido a miscigenagem.

As pessoas conscientes deste fato (bantu -nago), e que desconsideram como uma fabricação dos brancos ou simplesmente rejeitam a sua existência evitando debater sobre o caso, devem ser considerados como fuba do mesmo saco.

“O Brasil é uma extensão de alguns reinos de África, grande maioria na região de Benin e Nigéria. E, segundo V. Zamparoni docente nos mestrado de Estudos Étnicos e Africanos na UFBA...”

Poupei o embaraço, o autor diz ser apenas uma estudante.

Além do atlântico...Afrodescendentes ou Afroascendentes?

Para Maria Beatriz Nascimento (Aracaju, 1942 – Rio, 1995)  historiadora, pesquisadora, poeta e ativista negra.


















Descender é proceder...Provir por geração.
Originar-se, derivar...Longe de ser uma má intenção.

Ascender é elevar...Parte da mesma familia,
do mesmo concepto e reação.

Mas primeiramente reconhecer a base,
o fundamento...A descendência.

“É tempo de falarmos de nós mesmos”


Assumir a nossa descendência é iluminar o caminho de reencontro com a nossa ascendência.

Kumina, o coração Bantu da Jamaica!



Rastaman, não pare de viver!
Bongoman, não desista!
Congoman, não pare de viver, yeah!
Homem-Binghi, não desista!
Mantenha a sua cultura:
Não tenha medo do Urubu (abutre)!
Cresce os seus dreadlocks:
Não tenha medo da matilha dos lobos!
                                             (Bob Marley)


Nas suas canções de redenção, resistência e inspiração, o rei Bob Marley nunca deixou de homenagear o seu espirito de guerreiro e demonstrar humildade perante a sua herança Bantu.

Realmente as estatísticas não negam, os primeiros africanos levados para a ilha da Jamaica teriam sido arrancados das suas tenras infâncias...o berço Congo-Angola.


E com o mesmo suor, foram-se contruindo os primeiros quilombolas...Maroons.  Descendentes de escravos fugidos que fundaram comunidades livres no interior montanhoso da Jamaica durante a longa era da escravatura na ilha.

A Kumina e’ ancestralidade! E como as suas irmãs Burru, Tambo, Kongo e Odeah... e’ o encanto de dança, musicalidade e espiritualidade.

Abrem-se os canais de comunicação com os ancestrais, fazem-se ecoar os tambores, para que os antepassados partilhem a sua sabedoria, prestem assistência espiritual e aconselhamento aos seus filhos e filhas que estão aqui na Terra.


Como uma das raizes do surgimento do Rastafarianismo, uma doutrina socio-religiosa e estilo de vida, a Kumina tornou-se incorporada na forma de música chamada Rastafari Nyabinghi.

 Hoje, o termo "Kumina Riddim" refere-se a um dos ritmos musicais usados no Reggae.

Os seus adeptos acreditam que todo o poder dado aos antepassados e mais tarde revelado ao mundo dos vivos através de posse, é feito com a sanção e aprovação do "Rei  Zaambi" ou "Nzambi Mpungu" – O Deus Todo-Poderoso.


    A Rainha do Kumina
"Queenie" Imogene Kennedy nasceu no final de 1920, criada pela sua mãe e avó. A sua avó era uma Africana e foi através dela que Queenie tornou-se consciente da sua ascendência e cultura Africana.

A rainha do Kumina conta que um dia, enquanto buscava cocos em um barranco, os espíritos levaram-la para uma grande árvore de algodão oca, (Em África e nas diásporas das Índias Ocidentais, a árvore de algodão é vista como uma casa tradicional de espíritos).

Ela passou 3 semanas sem água ou comida, comunicando com os espíritos dos seus ancestrais que lhe ensinaram as orações e canções na língua Africana Kikongo.

Cinco Deusas da Mitologia Bantu


Inkosa zana
Inkosazana é a deusa da agricultura Zulu. Ela pode se manifestar como um arco-íris, uma cobra, uma sereia, uma bela mulher negra, ou como a chuva. Ela é exaltada na primavera para trazer fertilidade para a terra, e também por virgens para ajudá-las a encontrar um marido adequado. Inkosazana também é chamada de Rainha dos Céus, a Princesa dos Céus, e Inkosazana-y-Zulu. (Zulu-Africa do sul)
DZIVA
Ela é muito agradável, carinhosa e compassiva. Mas terrivel quando se torna mal humurada.
É por isso que ela é também conhecida como a enganadora.
Dziva é a deusa criadora geralmente benevolente do povo Shona do Zimbabwe - mas há também um aspecto terrível à sua natureza.


Mbaba Mwana Waresa
é a Deusa Zulu da chuva, da agricultura e da colheita. Ela é uma das deusas mais amada da África Austral, em grande parte porque ela é creditada com a invenção da cerveja. Mbaba Mwana Waresa é também a deusa do arco-íris, um símbolo da ligação entre o céu e a terra, os deuses e os homens.

A mitologia diz que ela não conseguia encontrar um marido adequado no céu, então ela veio procurar na terra. Ela deparou com um pastor chamado Thandiwe, cuja música mudou tanto ela que ela o escolheu para ser seu companheiro. Sendo mortal, ele teve de enfrentar muitos testes para provar a si mesmo, mas ele foi finalmente aceito por Mbaba Mwana Waresa como seu marido.


Mella
Deusa do Zimbábue é invocada tanto para a cura como para a coragem.  Abnegação e da superação de um grande medo, a fim de trazer cura e mudança. Sempre que você precisar de cura em sua vida, medite pensando nela.
Kianda
Na mitologia angolana, Kianda é a deusa do mar e dos peixes. ... Ela era tradicionalmente adorado jogando ofertas, tais como alimentos e roupas para o mar. ... Ela é a Rainha do Mar, o patrono dos pescadores e os sobreviventes de naufrágios, o princípio feminino da criação. (Luanda-Angola)

31 de Julho – Dia da mulher Africana


Mulher de Benguela, Angola


Que sejas a fé esculturada em nossas almas, essências e sentidos.

Que sejas a faculdade da memória,
que os nossos irmãos e irmãs são aqueles que nos respeitam,
que nos consideram e que se recusam a nos humiliar.

Que sejas a fruta seduzida, provada pelo diabo e seus demônios,
para que seus estômagos se arrebentem de uma vez por todas,
Libertando-nos das crueldades e desigualdades.

Que sejas o emblema e o braço mais robusto de um povo martirizado durante cinco séculos.


foto de Eric L.

O destino dos destimidos


  
O processo de remoção de um indivíduo desagradável, insolente e inútil na sua vida, sem dúvidas que requer uma determinada ciência. Não é apenas essa pessoa que você estaria excluindo, mas deve-se cuidadosamente selecionar e expulsar certos aliados do mesmo. (Totti)




Qual será a malukice de hoje?

O destimido por auto afirmação é um" sei lá o que e' "...um dedo prá baixo!

 Entre os medíocres e os bons prefiro os sanos.

A malukice de hoje (no bom senso) e’ o conselho de ontem que foi ignorado.

 “Xuta prá fora”! 

Quem bate à porta? E’ você passado?




O passado tem sempre a tendência de bater em nossas portas quanto menos esperamos, e’ o ancentral que muitos de nós decidimos ignorar.

A foto: Trabalhadores das plantações de borracha, punidos por não cumprir quotas, tiveram as  suas mãos cortadas. Congo Belga, 1905, foto de Soliloquy.

Por ordem do Rei da Belgica  Leopold II.

Normalmente nao perco tempo com fuleiragens e nem com racistas de baixa qualidade, mas sobre os genocídios em África que  tantos procuram culpar o meu povo, aprendi um pouco.

Posso afirmar que a história do genocídio em África é atribuída à época colonial, quando os colonizadores belgas massacraram mais de dez milhões de pessoas durante a ocupação colonial do Congo.

Ja' ouviu falar do Rei Leopoldo II? Foi ele quem ordenava que cortassem as mãos de africanos, crianças inclusivo.

O período colonial foi um genocídio!

Genocídio foi um aspecto central da missão chamada de "civilizadora" dos colonos!

Um dos meu avós foi decapitado por não ter dado a sua terra mais fertil aos portugueses.

Os mesmos colonialistas que praticavam assassinatos de africanos em massa, implantaram a idéia de que os problemas na região eram apenas de hostilidade tribal.

Este é e sempre sera' um dos elementos mais fortes do racismo na história colonial. Potências coloniais a praticar genocídio em África!

Um dos primeiros genocídios, se não o primeiro do século vinte aconteceu em África... Namíbia precisamente.

Ainda hoje e’ considerado por muitos de nós africanos como um ensaio para o Holocausto nazista.

A última vez que verifiquei, as Nações Unidas comprovou que 80% da população total do povo Herero (cerca de 65 mil), e 50% da população total de Nama (10.000) foram mortos por alemães entre 1904 e 1907.
Massacres de homens, mulheres e criancas!


Foto: Rei Leopoldo II da Belgica (1835-1909)O regime da colônia africana de Leopoldo II, o Estado Livre do Congo, tornou-se um dos escândalos internacionais mais infames da virada do século XIX para o XX.

O relatório de 1904, escrito pelo cônsul britânico Roger Casement, levou à prisão e à punição de oficiais brancos que tinham sido responsáveis por matanças a sangue frio durante uma expedição de coleta de borracha em 1903 (incluindo um indivíduo belga que matou a tiros pelo menos 122 congoleses)
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