Afirma-se
ter sido criado durante o êxodo do povo Fang/Fãn, e é construído com
materiais da floresta tropical Central Africana, feito de bambu, e
acompanhado por várias cabaças identificadas como masculinas e
fêmeninas, que ressoam quando as cordas são ligeiramente tocadas.
A história oral do Mvet é caracterizada por uma fase denominada de EKANG.
A
face Ekang inclue temas spirituais e mitológicos, tais como Nzana Nga
Zogo, que engloba todos os aspectos da cultura fang como a filosofia, a
poesia, o conhecimento científico do mundo, histórias que honram os
líderes das aldeias, histórias de heroísmo, e de inspiração as
comunidades.
A lenda da criação
Segundo
a lenda da sua criação, Oyono Ada Ngone foi um sábio, um fang notável,
músico e guerreiro que viveu durante a longa migração do século XV
conhecida como “OBANE”. Ao
tentar escapar de uma batalha, uma guerra em que o seu povo foi
derrotado, o mestre Oyono entrou em coma durante uma semana e foi
socorrido, quase sem vida, pelos guerreiros fugitivos.
Durante
o seu estado de coma, Zambe, um espírito superior, dialogou com Oyono
que, em espírito, foi regalado um instrumento musical. Este instrumento
serveria para despertar, restaurar a esperança, recapturar a coragem e
autoestima do seu povo, através da música e histórias fabulosas do
passado.
O
mestre Oyono Ada Ngone construiu um instrumento musical a partir de um
ramo da palmeira ráfia, tendo dado início aos contos e histórias épicas
sobre um grupo de guerreiros a quem deu o nome de pessoas Engoñ /
Engong, significando o povo de Ferro, invencíveis como o ferro,
transformando-os em um povo guerreiro, temido por todos outros povos aos
seus redores.
” Mvet” do verbo “a vet” = Elevar, superiorizar.
Referências:
Grégoire Biyogo, L'encyclopédie du Mvett
Pierre Alexandre, Introduction to a Fang Oral Art Genre: Gabon and Cameroon mvet, School of Oriental and African Studies, 1974.Aton Belinga (Camaroes); Imagens e contribuicoes.Grégoire Biyogo, L'encyclopédie du Mvett
"Em relacao a imagem da evolucao do Mvet. No começo do século XX, era comum encontrar o Mvet de uma única cabaça. De acordo com o pequisador Camarones, Aton Belinga, Fontes de Assoumou Ndoutoume são mas ele viajou intensivamente pelo Gabão e Guiné-Equatorial, tendo conhecido e entrevistado mestres e tocadores do Mvet, e reuniu uma série de informações publicadas no seu livro, Le Mvett épopée fang (Ndoutoume 1983 [1970])."
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