Quanto aos bantos de Angola, tinham uma agricultura mais primitiva, praticada pelas mulheres, enquanto os homens criavam gado. Diferentemente dos iorubas e outros sudaneses, que usavam tecidos de pano, os negros das margens do Zambeze e das elevações de Benguela vestiam-se de cascas de árvores (como o fariam no quilombo de Palmares); mais para o sudoeste, porém, usavam vestimentas de couro, possuindo hábitos de caçadores e armas de ferro."
(Juarez Tadeu de Paula, sacerdote da tradição Iorubá. Ogam e jornalista, formado na PUC. Mestrado na Universidade de São Paulo.)
O autor (negro) no estado de ignorância eufórica e nagocrata, optou por citar falsas ideologias racistas do antropólogo Bahiano Raimundo Nina Rodrigues, rebaixando a cultura da maioria dos negros Brasileiros, Bantu, como semi-primitiva.

Depois de lhe ter dito que existe uma doutrina entre os negros da diáspora africana, em que se exalta a cultura Sudanesa denominada de Yoruba –nagô como superior e dominante a cultura Bantu, o mesmo quase que morreu de rir, acrescentando que “este assunto talvez seja muito complicado para eles reconhecerem e debaterem, simplesmente porque ainda estão em princípios de reconciliação para com as suas raizes africanas.”
Bem, concordo de uma certa maneira mas também creio que seja o momento certo para se enfrentar o problema. Do modo que tenha como abjectivo reconhecer a cultura Bantu, principalmente no Brasil como a cultura de maior influências.
Fala-se mais sobre o Brasil pela simples razão de ser a nação onde se encontra indivíduos que mais exaltam e defendem esse mito.
Estou consciente que o mito pervertido, sem moral e de mau caráter tem raizes no racismo colonial.
“Guiné man good, Congo man bad!” República do Haiti.
Tradução: O homen da Guiné é bom, o homen do Congo é mau.
Guiné man sendo um descendente da África Ocidental, os nagos do novo mundo...Nigeria, Benin, Senegal e mais.
Congo man sendo o povo Bantu de Angola, Congo e Moçambique.
A frase é raramente usada entre a maioria dos negros Haitianos, mas escuta-se entre a elite intelectual negra.
Em Cuba, entre as religiões de matriz Africana (Santería, Palo Monte, e Abakuá), existem tentativas de exaltar certos aspectos spirituais e faze-los de superiores, mas nunca se tornou um prato predileto de entidades intelectuais como aconteceu entre os AfroBrasileiros.
Foi me chamada a atenção que a maioria dos AfroBrasileiros não seguem tal doutrina.
“Nem se ligam nisto. Deve ser um grupinho de intelectuais de universidade.
...esta gente parece aqueles escravos que puxavam o saco do sinhô.
...na verdade, esta ignorancia dos negros brasileiros sobre suas próprias origens reais é dramática, constrangedora até. Hoje em dia repetida de maneira recorrente e acrítica por uma nova geração de estudantes universitários, do mesmo modo envolvida nesta rede de enganos acadêmicos, a história real foi substituida, grosseiarmente por uma versão totalmente 'fake' do que fomos e somos. Lastimável.
Spirito Santo

A foto representa a humiliação de um povo orgulhoso e a alimentação do racismo colonial.
Para o branco racista, quem mais se parecia com ele era considerado o mais inteligente, o mais agradável e simpático. Sarcasticamente, pode-se dizer que tratava todos africanos como cachorros mas certos grupos eram mais acariciados.
Isso fez com que vários africanos e seus descendentes criassem uma tradição de desvalorização as suas proprias culturas.
Para finalizar foi introduzido a miscigenagem.
As pessoas conscientes deste fato (bantu -nago), e que desconsideram como uma fabricação dos brancos ou simplesmente rejeitam a sua existência evitando debater sobre o caso, devem ser considerados como fuba do mesmo saco.
“O Brasil é uma extensão de alguns reinos de África, grande maioria na região de Benin e Nigéria. E, segundo V. Zamparoni docente nos mestrado de Estudos Étnicos e Africanos na UFBA...”
Poupei o embaraço, o autor diz ser apenas uma estudante.
No comments:
Post a Comment