Tuesday, 30 August 2011

O inimigo vive na mente reativa!

“O negro, ao chegar no Brasil, lutou pela sua liberdade. Deixou suas diferenças tribais para lutar pela liberdade. A escravidão não foi feita pelo branco colonizador. Houve a conivencia de muitos negros que comercializaram os derrotados destas batalhas.
A luta foi bilateral. Mas aqui foi mais forte essa consciencia na diáspora.”


Foi através destas palavras semeadas, que por este meio brotou a ideia de se fomentar mais reconhecimento de certos factos históricos, em relação a escravatura do Oceano atlântico e movimentos de libertação anti-coloniais no continente africano.

Pretende-se igualmente, realçar a tal consciência negra que o autor cita ter sido inexistente, ou melhor, fraca no continente Africano antes das actividades de militância contra o racismo e discriminação racial na diáspora.

Uma das armas mais eficazes para rebaixar a moral e valor humano dos descendentes de africanos nas americas, teria sido relembra-los diariamente e de qualquer método, que eles teriam vindo de tribos selvagens, sem cultura e que teriam sido comercializados pelos seus próprios irmãos.

Tendo plantado este conceito no entendimento, intelecto, e espírito da população negra, seria muito mais fácil controla-los e faze-los reféns de suas própriás mentes.

Sendo assim, o indivíduo naturalmente passava a desprezar suas raizes.

Seja este ou não, o motivo que levou o autor a interpretar-se de tal maneira, o que foi mencionado pelo mesmo e’ sem dúvidas a razão deste texto. DESCONCORDO COMPLETAMENTE!

Qualquer pessoa que deseja falar sobre a escravidão em Africa, tera’ que estudar um pouco sobre a história humana do comércio de compra e venda de escravos.
A escravidão nunca teve o mesmo sinônimo que a palavra africano, e fez parte de quase todos os povos e continentes.

E’ impossivel hoje em dia deparar com um africano ou uma sociedade africana que teria enriquecido através de um rei ou rainha que teria fornecido escravos a europeus.

Os reis e rainhas seriam os únicos que poderiam pratical tal acto, mas a escravidão sobre o controle europeu foi estruturada governadamente e religiosamente durante seculos.

Perante a lei, companhias, pessoas individuais e familias inteiras poderiam fazer e fizeram parte deste “business”.

Hoje podemos apontar dedos a familias e sociedades que lucraram e seguem sendo das mais ricas nas nossas sociedades.

Portugal, Espanha, Holanda, Brazil, EUA, etc.
Imaginem a barbaridade se em pleno seculo XXI,  tivessemos que embarcar em pesquisas para se saber quem são os parentes dos capitães do mato e subjuga-los a lembrança de que eles seriam descendentes dos que practicavam abusos desumanos contra os seus próprios  povos na diáspora!

As militâncias negras anti-coloniais e raciais em Africa não derem inicio em retorno do que estaria acontecendo na diaspora, mesmo que as estruturas de repressão fossem as mesmas.

A coroação do imperador Selassie da Etiopia nos anos trinta, foi um acontecemento  bastante forte e positivo para com os negros e negras das diasporas.



A lógica seria a influência entre as duas sociedades!

Antes dos anos 60 e 70 ja’ existiriam diversos grupos anti-coloniais clandestinos em Angola. Milhares de pessoas que participaram ainda vivem.

Mas no entanto menciona-se algumas personalidades como Kimpa Vita e o Rei Mandume como exemplo da luta organizada contra o colonialisto e o racismo em Angola e o Congo colonial.


A dona Beatrix Kimpa Vita foi umas das primeiras mulheres  que corajosamente lutou contra o domínio europeu em África.
 Ela teria nascido em 1684 no Reino do Kongo.

Com os seus 20 anos de idade, começou a sua missão de libertação e da restauração do reino, destruído pelos Portuguêses.

Apesar de não ter sido rainha e nem princesa, ela lutou contra todas as formas de escravidão, a partir das práticas locais, ensinando as pessoas que também existiam santos negros no paraíso, contrariando os padres católicos que ensinavam que deve haver apenas SANTOS BRANCOS.
A mesma e’ considerada hoje como a fundadora do primeiro movimento cristão negro.

Existem factos documentados que em 1739, alguns de seus seguidores, teriam sido vendidos nos Estados Unidos, realizando a revolta conhecida como a "rebelião de stono" na Carolina do Sul.

Como muita documentação histórica sobre negros brasileiros foram despropositadamente destruidas, nao e’ facil provar mas acredito sinceramente que muitos desses seguidores da Kimpa Vita também teriam sido comercializados para o Brasil, sendo Angola e Congo uma das maiores, se nao as maiores fontes de escravos daquela época.

São passados 94 anos desde a morte em combate do Jovem  rei Mandume do sul de Angola. O rei teria nascido em 1892 e subido ao trono aos 20 anos de idade.



Conhecido como um homem inteligente e corajoso, seus palavras foram escritas por varios europeus.

O Rei recusou-se várias vezes conferenciar com os poderes coloniais, tendo aniquilado forcas portuguesas numas das suas batalhas mais populares em 1916.

Polêmico de uma certa forma , ele dizia  “que todos os brancos que não sejam padres e estiverem dentro do meu território devem ser mortos”, e que “Se os ingleses me querem, podem vir apanhar-me. Não dispararei o primeiro tiro, mas não sou um touro do mato. Sou homem, combaterei até ao último cartucho”.

Ja’ ouviram falar da revolta dos MAU MAU (Quênia) por volta dos anos 50?




PURO BLACK POWER!Os Europeus encontraram IMPERIOS e nao so' tribos!

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