O Carnaval teve sempre maior pujança em Luanda, sobretudo, na baixa litoral, ou seja, no seio dos ilhéus e isso deveu-se aos N’zu e N’zeto (Cabindas e Solongos) que transportaram para os Axiluanda (povo Indígena da ilha de Luanda), a dança Muala de acção rítmica Semba, exibida em momentos de recreação.
De Luanda, a partir dos Musseques (favelas) Kamaka, Kapari e Mulenvu, saiu a dança de recreação espirita, denominada de Kimuala que em dias de óbito, os daquelas zonas, desciam até à zona literal para junto dos Axiluanda exibirem-se em gesto de solidariedade fraterna.
A Kimuala é dança dedicada ao espírito Dinyanga (caçador/ Kimbundu) e exibida por ocasião da morte de um grande mestre de caça.
Nas regiões de Viana e Ilha de Luanda, o mesmo tipo de dança e’ denominado Mabalakata.
O seu estilo rítmico deu lugar ao tipo de dança semba no Carnaval Luandense.
(Postado por A. Kandimba)
Fonte: Autoria de Roldão Ferreira; Carnaval a maior festa do povo Angolano.
Foto #1: Sergio Alonso; A sociedade Angolana e os seus Instrumentos Musicais Tradicionais.
Foto #2: Blog efangola.nl
E tb: Dinyanga...O caçador
http://kandimbafilms.blogspot.nl/2012/03/dinyangao-cacador.html
Curiosidade:
ReplyDeleteO Povo Zulu e outros povos do Sudeste Africano, acreditam em dois tipos distintos de curandeiros tradicionais, o Inyanga, especialista em ervas medicinais e poções, e o Isangoma, que usa a adivinhação, e a mediunidade, denominada de "cura psíquica" para ajudar os seus clientes.
Na África do Sul, a medicina tradicional é reconhecida por muitas sociedades de assistência médica. Há até mesmo uma medicina tradicional no jardim “muti” no
Jardim Botanico em Durban.
Tanto o inyanga como o isangoma devem adquirir os seus conhecimentos através de um longo aprendizado.
O isangoma no entanto, pode ser sagradamente chamado a sua profissão, e têm pouca escolha, quando chamado/a.
Os Isangoma/sangoma jogam ossos para prever o presente e o futuro.
(Traduzido por A. Kandimba, do blog Ulwazi)