Saturday, 27 October 2012

Congo: A congada do Panamá

A Rainha: é a autoridade máxima! Ela representa a mulher forte que liderou o êxodo e administrou o governo e a justiça nos palenques (Quilombos).

Imagem: Congo monarca, rainha mãe Alejandrina Lan, coroando a sua sucessora.(12 de Novembro de 2011, Hospital Seguro Social, Panama)


O assunto floresceu através da noticia enviada por Deivison Nkosi, professor de História da África e da cultura negra em São paulo, no Brasil, durante uma palestra fascinante sobre a presença dos "congos en las américas" elaborada pela Dra. Sheila Walker dos EUA, em Panamá.


O congo de Panamá, igualmente as congadas e Moçambiques do Brasil, predominantes nos estados do Rio Grande do Sul, Minhas Gerais, São Paulo e Espirito Santo, e’ uma manifestação cultural Afrocatólica em que simbolicamente se coroam, em grandes comemorações, o rei e a rainha do antigo reino do Kongo.


O
Reino do Kongo ou Império do Kongo, um dos maiores reinos africanos, foi um reino africano localizado no sudoeste da África no território que hoje corresponde ao noroeste de Angola, a Cabinda, à República do Congo, à parte ocidental da República Democrática do Congo e à parte centro-sul do Gabão.
Na sua máxima dimensão, estendia-se desde o oceano Atlântico, a oeste, até ao rio Cuango, a leste, e do rio Oguwé, no actual Gabão, a norte, até ao rio Kwanza, a sul. O reino do Congo foi fundado por Ntinu Wene, no século XIII.


O império era governado por um monarca, o manicongo, consistia de nove províncias e três reinos (Ngoy, Kakongo e Loango), mas a sua área de influência estendia-se também aos estados limítrofes, tais como Ndongo, Matamba, Kassanje e Kissama.[1]

A presença Congo/Angola nas Américas, cada dia torna-se mais e mais impossível de se negar. As expressões culturais de natureza semelhante, como por exemplo, a coroação de um rei na Bolívia, algo que tinha explorado anteriormente,
http://kandimbafilms.blogspot.nl/2012/05/julio-o-rei-afro-boliviano.html,
faz-me crer, com muito mais impacto, no que o historiador e pesquisador Spirito Santo, http://spiritosanto.wordpress.com/ , teria afirmado, em relação a este assunto. Que seriam
manifestações ja’ vindas com os Africanos e não concretamente criadas no " novo mundo".

O Congo Panamenho, com a sua rainha, o rei, o príncipe, o caçador, o matuanga capitão do Congo, provavelmente do Kikongo Mwata Nkanga (senhor/ chefe líder), o conselheiro, o holandês, o arcanjo, o diabo, o catequista, o escravo, entre outros, se destaca como uma reunião entre descendentes de Africanos, onde se dança, se toca e se satiriza o opressor branco. A  música serve como um meio de alívio, mas também de nostalgia.
(A. Kandimba)


Todas as demais informações especificas e necessárias, em espanhol, aqui:
http://www.educapanama.edu.pa/aritculos/los-congos-en-panam%C3%A1
Em Ingles:
http://www.thepanamanews.com/pn/v_17/issue_12/lifestyle_10.html

As Congadas de Osório (Dante de Laytano, 1945)

http://www.festa.inf.br/2011/08/as-congadas-de-osorio-dante-de-laytano_12.html

1. Thornton, John. Demography and History in the Kingdom of Kongo, 1550-1750. [S.l.]: The Journal of African History, Vol. 18, No. 4, 1977. 526 ss p.






Saturday, 13 October 2012

Eu, semente

Eu, semente
ambiciono o milagre da flor...











 







Que se lancem rebentos
ao pousar os meus lábios
em teu corpo seduzido em ardor

Faz-me rosa
Faz-me acácia
Faz-me louco sonhador

Anseio, sem receios
em ser umedecido
pelas águas do teu amor

(A. Kandimba)

Saturday, 6 October 2012

Um

Se podemos olhar

uns para os outros,

 juntos podemos olhar 

 para a mesma direção
 
(A. Kandimba)


Friday, 5 October 2012

Dia do Poeta (Para Langston Hughes)

Neste dia do poeta
me embriago no néctar
da flor da minha poesia


 No jardim do amor
me despetalei da teoria 
Jamais me perfumarei da utopia 
de aronia e agonia

Sim, e' realmente o amor que me guia


Hurra!!!

O poeta chegou ao mundo!!!

Muita glória, muita alegria!!!
(A. Kandimba)


 Langston Hughes (1902-67), poeta, novelista e dramaturgo. Foi um dos expoentes do "Renascimento do Harlem" movimento artísti­co que celebrava a cultura Afro-Americana dos EUA nos anos 1920.

Foto: unknown

Thursday, 4 October 2012

Bem me Ker...Mal me Ker


Bem me ker, mal me ker
...Mentiroso e' quem nega que nunca o fez



  Mesmo sem uma petula de chance
em ter quem você deseja
Mesmo que esse mesmo desejo
se recusa em te chamar
de “o meu bem querer”


Bem me ker, mal me ker
...Bem me ker, mal me ker...
Bem me ker, mal me ker...


(A. Kandimba)



Wednesday, 3 October 2012

Abaixo o Eurocentrismo!



 Eurocentrismo

O eurocentrismo como uma visão de mundo que tende a colocar a Europa (assim como sua cultura, seu povo, suas línguas, etc.) como o elemento fundamental na constituição da sociedade moderna, sendo necessariamente a protagonista da história do homem.

Acredita-se que grande parte da historiografia produzida no século XIX até meados do século XX assuma um contexto eurocêntrico - mesmo aquela praticada fora da Europa. O revisionismo histórico ocorrido nas últimas décadas, por intelectuais como, por exemplo, Edward Said, tendeu a reverter esta visão de mundo, em busca de novas perspectivas.

O eurocentrismo manifesta-se como uma espécie de doutrina corrente no meio acadêmico, que, em determinados períodos da história, enxerga as culturas não-européias de forma exótica ou mesmo xenófobo. Foi muito comum principalmente no século XIX, especialmente por ser um ideal do Darwinismo social que a humanidade caminhasse para o "modelo europeu", e deixou alguns traços sutis, tais nos mapa-múndi da projeção de Mercator.

Devido ao papel da Europa na formação da cultura ocidental, o termo "eurocentrismo" é muitas vezes confundido com ocidentalismo.

(http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/eurocentrismo.htm)

Foto: The Belleme family blog