Friday, 11 November 2011
Alfa Beta e a escravidão Indígena
Reparando bem essa de que índios eram rebeldes por isso não eram escravos soa ignorância é como tentar acreditar que zumbi se criou com valores católicos, queria saber qual é a intenção dessa versão esdrúxula.
Maicon Jackle
Confesso que como descendente de Africanos nunca me conformei, e quase se tornou num ditado popular, com a afirmação que os índios não aceitaram ser escravizados, ou que eles se suicidaram para jamais serem jubjugados nas suas propriás terras.
Parece-me que o peso da vergonha da tirania de ser propriedade e estar sob o poder absoluto dos então chamados senhores, foi cuidadosamente ponderado sobre a raça negra...
Com tais afirmações injustificadas, sinto que nós Africanos, os negros que foram sequestrados das nossas terras, basicamente teriamo-nos sentido confortáveis perante a humiliacão e tratamento sub-humano durante séculos, neste planeta chamado de terra.
Seria desumano negar o genocídio racial dos nativos dos continentes Americanos. Ao mesmo tempo e pelo mesmo caminho, eu me questiono:
-Quem escreveu a história?
-Terá sido o mesmo sistema que dizimo-los?
A. Kandimba
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Por Najla (9ºAno) Dia 1º de abril é o dia da abolição da escravidão dos índios!
“A escravidão pode ser definida como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o escravo) é propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado. Legalmente, o escravo não tem direito: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.
Chegando ao Brasil, no século XVI, os portugueses encontraram diversas tribos indígenas. Os índios plantavam mandioca, algodão e milho. Alimentavam-se com o produto do que plantavam, e ainda, com a caça e a pesca. Teciam com algodão e trabalhavam a cerâmica. Tinham uma vida livre e autônoma e boas relações com os portugueses. Por isso, quando iniciou a exploração do pau-brasil, os índios ajudavam os portugueses, derrubando árvores e levando-as aos portos de embarque, trabalho grande e sem justa remuneração.
Iniciando a colonização do Brasil, os portugueses começaram a expulsar os nativos da terra, a capturar os índios, transformando-os em escravos, mão de obra mais barata do que os negros. Nesta escravidão, os índios foram vítimas da violência à sua dignidade e a perda da liberdade. A escravidão indígena começou em 1534 e foi até 1755. O fim desta escravidão se deu através das leis de 1755 e 1758.
O índio só deixou de ser escravo, quando existiram condições econômicas para comprar negros. Os trabalhos de catequese dos jesuítas se opunham à escravidão.
Para o desempenho dessas atividades econômicas, a mão de obra indígena era barata e essencial. A abolição da escravidão indígena ocorreu somente de forma definitiva depois, por iniciativa do Marquês de Pombal. Primeiro, por lei de 6 de junho de 1755, válida para o Estado do Grão-Pará e Maranhão. Depois, em 1758, a medida foi ampliada, por alvará, para o Brasil todo.
Hoje, em todo o país, os índios se distribuem por 556 áreas distintas, e ocupam uma superfície total de 83.507.923 hectares – o equivalente a 9,81% do território nacional.
Calcula-se que existam no Brasil 215 etnias indígenas conhecidas, com uma população total de 325.652 pessoas (dados de 1997). A quantidade exata, no entanto, é muito maior, pois existem inúmeras sociedades isoladas e desconhecidas.
Obs.: Alguns sites apresentam o dia 1o de abril de 1680 como o Dia da Abolição da Escravidão Indígena. Nesta data, o rei de Portugal publicou mais uma lei que acabava com o cativeiro dos índios no Brasil. Para o professor José Ribamar Bessa Freire, a lei foi mais uma “pegadinha” de 1o de abril e fez parte da luta entre colonos e jesuítas pelo controle da mão de obra nativa.”